História de Curvelo

Quem vê Curvelo atualmente não imagina que foi um lugarejo bucólico a 50 km de distância que deu origem à sua ocupação urbana. A Vila do Papagaio, hoje Tomás Gonzaga, surgiu nas margens do córrego Papagaio, afluente do Rio das Velhas, através de uma fazenda de criação de gado e lavoura, lá é o começo de tudo. Ali foi erguida em 1732 uma capelinha dedicada a Nossa Senhora do Livramento e em volta dela começa a crescer o Julgado do Papagaio.

Não muito distante dali, as margens do córrego Santo Antônio, destaca-se o Arraial de Santo Antônio da Estrada. Surgiu como pouso de baianos que subiam os rios e paulistas que desciam, uns povoando as margens dos rios com currais de gado e outros à procura de ouro e pedras preciosas. Sem nenhuma documentação que comprove tais fatos, o povoado que deu início a Curvelo era formado também por índios Goianases, Arrepiados ou Coroados e até mesmo franceses. Esses colonizadores ergueram uma capela de madeira com telhado de palha de coqueiro, ao redor da qual o povoado foi crescendo.

Toda essa região pertencia ao distrito da Bahia. Depois de muita disputa política, estabeleceram-se as divisas e ficara sob a jurisdição do governador da Capitania das Minas Gerais. Paralelamente a disputas políticas, o povoado teimava em se considerar baiano, obedecendo a ordem eclesiástica da Arquidiocese da Bahia.

Com mudança nas lideranças religiosas, no século XVIII, chega ao povoado o baiano Padre Antônio Corvelo de Ávila, que estabelece residência, crente de que se tratava de um distrito da Bahia.

No meio do século XVIII, por carta régia de 16 de março de 1720, foi instituída a Freguesia de Santo Antônio do Corvelo tendo o Padre Antônio Corvelo de Ávila como seu primeiro vigário e por outra carta do mesmo dia, foi transferida para Curvelo a sede do Distrito do Papagaio. Em 1760, os juízes do Distrito do Papagaio passaram a residir no local.

 

Em 1730, Padre Antônio Corvelo reconstrói a pequena capela existente dedicando a Santo Antônio, padroeiro da cidade.

Durante os séculos XVIII e XIX, as principais atividades econômicas eram a criação de gado bovino e o comércio fortalecido pelos tropeiros.

O povoado foi crescendo e em 1816, o Príncipe Regente Dom João, concedeu a Curvelo o foro de Vila. O município é criado em 1831 por decreto da Regência Trina, e em 15 de novembro de 1875, Curvelo é elevado à categoria de cidade.

No início do século XX, teve início a fase da cultura algodoeira e mais tarde, a industrialização. Foi referência na indústria Têxtil mineira e indústria de óleo. A região ficou conhecida como importante centro industrial nas décadas de 30, 40.

Devido a sua localização central, Curvelo torna-se importante centro de desembarque do comércio proveniente das demais regiões do Estado e do sertão da Bahia. A partir da década de 60, o município passa a aproveitar as potencialidades do solo agrário, destacando-se pela pecuária de corte, pecuária leiteira, e estimulando o cultivo de hortaliças, frutas, e reflorestamento. A partir da década de 80, o setor de comércio e serviços ganha força, principalmente na sede urbana, devido ao papel que desempenhava na microrregião e regiões vizinhas.

Festa de São Geraldo. Década de 50.

Devido a sua localização central, Curvelo torna-se importante centro de desembarque do comércio proveniente das demais regiões do Estado e do sertão da Bahia. A partir da década de 60, o município passa a aproveitar as potencialidades do solo agrário, destacando-se pela pecuária de corte, pecuária leiteira, e estimulando o cultivo de hortaliças, frutas, e reflorestamento. A partir da década de 80, o setor de comércio e serviços ganha força, principalmente na sede urbana, devido ao papel que desempenhava na microrregião e regiões vizinhas.

Curvelo está localizada na região Central do estado de Minas Gerais, a cerca de 160 km da capital Belo Horizonte e destaca-se por sua localização privilegiada. Pelo município passa um dos principais eixos viários do Brasil: a BR-040, que liga Brasília ao Rio de Janeiro. A sede municipal está localizada às margens das rodovias federais BR-135 e BR-259, que se articulam com a BR-040.